Grupo Casuarina reaviva ‘Cataclisma’ e ‘Catatau’, joias de Catoni e Guará, em álbum que traz Marina Iris e Péricles
Ambos já falecidos, Catoni e Guará são compositores cultuados em antenadas rodas de samba do Rio. Marina Iris é a convidada do grupo Casuarina na gravação...
Ambos já falecidos, Catoni e Guará são compositores cultuados em antenadas rodas de samba do Rio. Marina Iris é a convidada do grupo Casuarina na gravação de Cataclisma’, samba de Catoni (1930 – 1999) e Valquir Isabela Espíndola / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Cantor, compositor e instrumentista mineiro, nascido em Ouro Preto (MG), Sebastião Vitorino Teixeira dos Santos (1930 – 1999) morreu há 25 anos. Conhecido como Catoni no universo do samba do Rio de Janeiro (RJ), para onde migrou na adolescência, o compositor legou para as rodas da cidade um samba intitulado Cataclisma. Composto por Catoni em parceira com Valquir, o samba Cataclisma segue cultuado nas rodas por conta de versos como "Não há crente que não tenha dúvida / Nnem ateu que não tenha fé / Não há pobre que não tenha dívida / Não há rico que tenha o que quer". Esses versos ganham as vozes de Gabriel Azevedo e Marina Iris em gravação feita para Retrato, álbum apresentado pelo grupo carioca Casuarina na última sexta-feira, 8 de novembro. Já reduzido a um trio formado por Gabriel Azevedo (pandeiro e voz), João Fernando (bandolim e vocais) e Rafael Freire (cavaquinho e vocais), o grupo lança disco em que regrava oito sambas, muitos pouco abordados em disco. Da seleção do álbum Retrato, Cataclisma é a maior surpresa ao lado de Catatau (1991), samba de autoria de Guaracy Sant'anna (1955 – 1988) , o Guará, cantor e compositor carioca recorrente na discografia da cantora Jovelina Pérola Negra (1944 – 1998), assassinado a tiros, aos 33 anos, justo no momento em que Jovelina lançava o maior sucesso de Guará, Sorriso aberto (1988). A propósito, coube a Jovelina lançar o samba Catatau de Guará em disco, de forma póstuma, no álbum Sangue bom (1991). Além de Cataclisma e Catatau, o Casuarina reaviva no álbum Retrato sambas como Coração feliz (Adilson Bispo e Marquinho PQD, 1984) – com a participação de Péricles – e Malandro sou eu (Arlindo Cruz, Sombrinha e Franco, 1985), ambos lançados na voz de Beth Carvalho (1946 – 2019). O repertório também inclui Retrato cantado de um amor (Adilson Bispo e Zé Roberto, 1986) – samba que deu nome a popular álbum do cantor Reinaldo (1954 – 2019) – e Velhos tempos (Luiz Grande e Romildo Bastos, 1990), composição gravada pelo Casuarina com Zeca Pagodinho. Capa do álbum ‘Retrato’, do grupo Casuarina Jorge Bispo